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Na China, representantes da UFPel e Furg assinam acordos

Comitiva de reitores foi à Ásia a convite do governo local e expectativa é de intercâmbio de pesquisas e trocas culturais

Foto: Carlos Queiroz - DP - Demarco e Dias passaram duas semanas na Ásia

Nas últimas semanas, uma missão do Grupo de Cooperação Internacional das Universidades Brasileiras (GCUB), a convite do governo chinês, esteve em universidades do país para a busca de incrementar o intercâmbio e fomentar parcerias de pesquisa e trocas culturais entre Brasil e China. Visitando universidades em sete cidades, foram assinados diversos memorandos de entendimento para ampliar a internacionalização e, em novembro, representantes do país asiático virão a Pelotas. Dos 20 presentes, dois eram da Zona Sul.

As duas universidades federais da região estiveram na China, com o pró-reitor de Pesquisa, Pós Graduação e Inovação, Flávio Demarco, representando a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e o vice-reitor Renato Duro Dias representando a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Segundo o representante da UFPel, uma das percepções é que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Xi Jjinping, presidente chinês, fez com que os asiáticos quisessem estreitar as relações ainda mais. “Hoje a China é o maior parceiro comercial do Brasil, mas ao mesmo tempo eles querem incrementar essa questão da parceria”, aponta. Ele ressalta que os 50 anos da retomada das relações sino-brasileiras, a ser celebrado no ano que vem, também foi um fator que fez essa proximidade ser estimulada. Dentro da programação para a data, está prevista a vinda de um grupo de reitores chineses ao Brasil.

Segundo Dias, o GCUB busca ampliar parcerias internacionais, mas esse caso foi significativo por ser uma missão intensa, de duas semanas, que possibilitou visita a diversas universidades e assinar memorandos de entendimento, que são como “guarda-chuvas” que vão basear acordos de cooperação para intercâmbio de estudantes e docentes em ambos os sentidos. “Foi excepcional em termos de vantagens para nós. A China já é uma grande economia, mas essa missão possibilitou, e inclusive fomos recebidos pelo vice-ministro da Educação, que também a China tem muito interesse em fazer intercâmbio e cooperação educacional”. Eles ressaltam que o orçamento do Ministério da Educação Chinês é equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, e os investimentos na pasta de Ciência e Tecnologia são o dobro desse valor.

Possibilidades
Entre as sinalizações recebidas estão a possibilidade de financiamento de mestrados e doutorados de dupla-titulação (meio curso em cada país), segundo Demarco. Em Hubei, por exemplo, foi assinado um convênio para formação de estudantes e estímulo do intercâmbio de idiomas, aponta Dias. O vice-reitor da Furg revelou que os chineses têm grande interesse em saber mais detalhes sobre o funcionamento do sistema educacional brasileiro. Já o pró-reitor da UFPel aponta que há bastante interesse no formato de ensino tecnológico do Brasil, através dos Institutos Federais.

Por a UFPel ser um polo de estudos em Letras, há a intenção de ampliar essa relação. Por isso, Ana Qiao, diretora do Instituto Confúcio no Brasil e docente na Universidade Federal Fluminense (UFF), virá a Pelotas em novembro, durante a programação da Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siiepe). “Nós pretendemos ampliar isso e, se possível, ter um Instituto Confúcio aqui, para nós, em Pelotas e Rio Grande, porque isso seria essencial no processo de implemento da colaboração”, aponta Demarco. O instituto é presente em mais de 150 países e busca fazer a aproximação com outros países a partir da troca de linguagens e culturas.

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